13/06/07

Preconceito...


DM LB (LB) - Melhor Vida animalTítulo da foto: "Unprejudiced" (Sem preconceitos), pelo Leão José Antonio A. Fernandez, do Lions
Clube Primavera-Rosana - Brasil


Preconceito - entende-se como uma atitude ou sentimento que predispõe o indivíduo a percepcionar, pensar, sentir e actuar de um modo que é coerente com juízo desfavorável, prévia e infundadamente constituída.
Assim, as pessoas que têm preconceitos raciais, étnicos ou sexistas
comportam-se perante dadas pessoas não de acordo com as características que essas pessoas possuem enquanto seres individuais, mas de acordo com as características que acreditam estar presentes no grupo de que fazem parte. As ideias que se tem, por exemplo, acerca dos ciganos, dos homossexuais, dos polícias, dos arrumadores de carros e das prostitutas geram comportamentos injustificáveis de evitação ou violência relativamente a elementos desses grupos ou se julga pertencer-lhes. Há quem considere que, em muitos casos, as formas preconceituosas de agir constituem mecanismos de defesa contra o grupo acerca do qual se tem estereótipos negativos. Agir preconceituosamente em relação a outrem é
estabelecer barreiras defensivas, é demarcar-se, é aceitar e tacitamente difundir ideias que, no fundo, cada um de nós traduz por “eu não sou um deles”.
Actuar de acordo com preconceitos pode significar, deste modo, uma necessidade de afirmação, de elevação de estatuto, de defesa de uma pretensa integridade. Eles são uma arma, uma forma perigosa de atacar os outros, geralmente minorias. Muitas vezes são uma arma de uso cómodo, facilitado pelo facto de encontrarem eco em outros elementos do grupo maioritário. Só que a sua difusão, cindindo os seres humanos em superiores e inferiores, civilizados e primitivos, citadinos e rurais, homens e mulheres, brancos e não – brancos, não significa que corresponda a visões correctas da realidade.
Muitas vezes, o que julgamos saber não passa de um pseudoconhecimento, de uma sabedoria infundada, sem ser susceptível de comprovação. Os preconceitos, cuja formação se atribui a um “ouvir dizer”, a uma observação circunstancial, a uma aceitação acrítica de opiniões anónimas, encobrem, quantas vezes, interesses inconfessados.

Obra consultada:
(Leitão, Miguel et il, Psicologia 12.º ano - 1.º Volume, Arial editores)

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