21/10/07

Sida/ HIV



"O amor

É para dar vida

Não para dar

SIDA"


O que é o HIV? (1)

HIV quer dizer Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Virus). É o vírus que causa o desenvolvimento da SIDA nas pessoas. O HIV danifica o sistema imunológico do corpo humano, fazendo com que a pessoa fique mais vulnerável a determinadas infecções. Se alguém é portador de HIV não significa que tem SIDA. Pode levar vários anos para que o HIV danifique o sistema imunológico o suficiente para que a pessoa comece a sentir-se mal. Durante este período o portador do HIV pode estar bem e viver com o vírus durante muitos anos sem desenvolver SIDA.


O que é a SIDA ?

SIDA quer dizer Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immune Deficiency Syndrome). A SIDA é um conjunto de infecções raras e cancros que as pessoas portadoras de HIV podem desenvolver. Se um portador de HIV apanha uma destas doenças, diz-se que tem SIDA. Muitos dos organismos que causam estas doenças são bastante comuns e relativamente inofensivos para uma pessoa com um sistema imunológico saudável. No entanto, numa pessoa que tem o sistema imunológico bastante danificado, estes organismos podem causar uma doença grave e morte.

Como é que uma pessoa fica infectada com o (HIV)?

As quatro principais maneiras em que o HIV pode ser transmitido são:

Fazer sexo vaginal ou oral com alguém que tem HIV sem usar preservativo.
Partilhando utensílios para injectar drogas que estão contaminados com sangue infectado.
De uma mulher
portadora de HIV para o seu bebé durante a gravidez, durante o parto ou através de amamentação.
Por injecção
ou transfusão de sangue de uma pessoa infectada.

Não pode apanhar HIV através de contacto diário social tais como:

Beijo social, tocar, por um abraço ou aperto de mão.
Partilhar
a piscina, casa de banho, loiça, talheres; ou comer comida preparada por um portador de HIV.
Tossir, espirrar ou lágrimas, picadas de insectos ou animais
.

E quanto a sexo?
Você pode apanhar HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis se fizer sexo vaginal ou anal com alguém que tem uma infecção sem usar preservativo. Se mantiver relações sexuais, o uso do preservativo providencia uma barreira efectiva contra o HIV. Os preservativos também protegem contra outras infecções sexualmente transmissíveis assim como gravidezes
não desejadas.

E os medicamentos?


Você pode estar infectado(a) com HIV e outros vírus transmitidos por sangue, tal como a Hepatite C, se injectou drogas e partilhou agulhas e seringas com outras pessoas. Se você injecta drogas, use uma agulha e seringa cada vez e não partilhe quaisquer utensílios para injectar drogas.


E ter um bebé?


Se está grávida e é portadora de HIV, cuidados de saúde apropriados antes, durante e após o parto podem reduzir os riscos de transmissão de HIV ao seu bebé de 20 por cento para níveis tão baixos como um por cento.
Para reduzir a taxa de transmissão de HIV você pode:

Fazer tratamento com os medicamentos anti-VIH durante a gravidez.
Escolher
fazer uma cesariana.
Escolher dar biberão ao seu bebé se possível porque se estima que haja 10 por cento de risco do HIV ser passado para o bebé através da amamentação.


E doar e receber sangue?


Doar sangue no Reino Unido é seguro. Todo o equipamento é esterilizado e usado apenas uma vez. Todos os produtos de sangue, órgãos e tecidos para transplante são testados para detecção de anticorpos do HIV. Os produtos de sangue também são submetidos a tratamento térmico para destruir o HIV. Por isso, presentemente o risco de apanhar HIV através de uma transfusão de sangue no Reino Unido é insignificante.


O que é um teste do HIV?

O HIV geralmente é diagnosticado através de uma análise de sangue, chamada teste de detecção de anticorpos do HIV ou teste do HIV. Este teste procura os anticorpos formados pelo sistema imunológico se o HIV estiver presente. Quando uma pessoa é infectada com o HIV pode levar até três meses para que o sistema imunológico produza anticorpos que sejam detectados num teste. Este período é chamado o período de janela ou seroconversão.
Se forem encontrados anticorpos, o resultado do teste é considerado positivo. Isto significa que a pessoa é HIV positiva. Se não se encontrarem anticorpos, o resultado do teste é considerado negativo. Isto significa que a pessoa é HIV negativa, desde que o teste tenha sido feito após o final do período de janela.
Se você está a pensar fazer um teste do HIV, pode contactar a Linha de Informação sobre a Saúde Sexual no número 0800 567 123 que lhe dirá o que envolve e qual o melhor lugar para fazer um teste.



O HIV pode ser tratado?


A terapia anti-HIV é um tratamento através de medicamentos que atacam o vírus do HIV. Estes medicamentos interferem na maneira em que o vírus se tenta reproduzir dentro de uma célula humana, mas não podem matar o vírus completamente.


Os medicamentos anti-VHI são geralmente receitados em combinações de três ou mais medicamentos. A isto chama-se terapia combinada ou Terapia Anti-retroviral Altamente Activa (Highly Active Antiretroviral Therapy HAART). Desde a sua introdução em 1996, HAART tem provado ser eficaz controlando o HIV e atrasando o aparecimento da SIDA para muitas pessoas, mas não para todas as pessoas.


Os tratamentos ajudaram muitas pessoas mas têm efeitos secundários, que por vezes podem ser severos. Isto pode fazer com que o tratamento seja difícil de tomar, e as pessoas podem ter de seguir regimes complexos de tratamento. Esta dificuldade em tomar os comprimidos significa que o tratamento pode não dar o resultado desejado. Além disso, quanto mais tempo se fizerem estes tratamentos mais provável é que eles não façam efeito.


O tratamento não dá o resultado desejado quando o HIV se torna resistente aos medicamentos que o paciente está a tomar. Quando uma combinação de medicamentos não dá o resultado desejado outra combinação de medicamentos tem de ser tomada, no entanto quantas mais vezes os tratamentos não resultarem mais difícil é de obter uma combinação que funcione.


Existem medicamentos para prevenir a infecção do HIV?


Presentemente não há uma vacina para prevenir a infecção do HIV e ainda não há cura para a SIDA. Estão sendo pesquisadas vacinas experimentais mas ainda não há indicação de haver uma vacina eficaz disponível a curto prazo.




Sites a consultar:


* http://www.cncs.org.mz/ - Conselho Nacional de Combate ao HIV/ Sida
* http://www.roche.pt/sida/ - Um site Educacional sobre a HIV/Sida


Recursos Internet:








11/10/07

Bulimia Nervosa



“A obsessão com o corpo e beleza leva muitas pessoas às perturbações alimentares. A anorexia e bulimia afectam pessoas de todas as idades e devasta famílias inteiras. Histórias de Cinderelas, que se sentem gatas borralheiras” (1)

Sintomas: (2)
Excesso de comida (transtorno alimentar), a pessoa fica extremamente depressiva e também se acha gorda (parecido com ANOREXIA), provoca o vómito pensando que vai emagrecer.

Sinónimos:
Bulimia, transtornos alimentares.

O que é?
Esta doença é conhecida há séculos, mas só nos anos 80 começou a merecer o interesse do corpo clínico.
Na bulimia nervosa, as pessoas ingerem grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos) e, depois, utilizam métodos compensatórios, tais como vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar. Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia não há perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer mais raramente em homens e mulheres com mais idade.

O que se sente?
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos. Vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso. Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal. Depressão. Obsessão por exercícios físicos. Comer em segredo ou escondido dos outros.

Complicações médicas
Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esófago pelos efeitos do vómito). Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares). Cáries dentárias. Desidratação. Desequilíbrio electrolítico. Vómitos com sangue. Dores musculares e cãibras.

Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mescla de factores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa auto-estima e conflitos de identidade também são factores envolvidos no desencadeamento desses quadros.

Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direccionados a controle de peso incluem jejum, vómitos auto-induzidos, uso de laxantes, edemas, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença vai se desenvolvendo, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.

Como se trata?
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional a nível ambulatório.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado eficazes.
As medicações anti depressivas também têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.

Como se previne?
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentares.

Testemunho real de uma jovem que já passou por esta terrível doença: (1)
Tem 20 anos e frequenta o 2º ano de Estudo Europeus, na Faculdade de Letras de Lisboa. Marta Brás foi sempre uma boa aluna. Até aqui, reúne as condições de uma jovem normal, mas Marta vive ainda com o fantasma da anorexia e bulimia, doenças que sofreu na pele e no corpo durante cerca de cinco anos.

Hoje, fala calma e serena, sobre o problema, que sabe poder voltar a qualquer instante.“Continuo a ter um cuidado excessivo, diria mesmo doentio, com a comida”, confessa ao Saúde Semanário.E acrescenta: “a grande diferença é que hoje tenho consciência e sei que tenho de lutar contra a doença”.

Marta Brás não sabe como se tornou doente. “Penso nisso várias vezes, mas não chego a nenhuma conclusão”, revela e sublinha “ter tido sempre um ambiente familiar impecável”. Lembra-se, contudo, de ter ido, ao 13 anos, a uma consulta de rotina, onde foi pesada e estava dentro dos padrões normais. Nesse dia, prometeu ao médico que na consulta seguinte estaria mais magra. Na escola fez um pacto com as amigas e entraram num concurso. “ A grande diferença é que elas prosseguiram a sua vida e eu não”, lamenta.

Pretendi ao falar sobre Anorexia e neste post sobre a Bulimia, consciencializar os espectadores sobre estas terriveis doenças... Vivem-se sobretudo no sexo feminino, mas começam também afectar muitos homens.

Recursos Internet:
(1)
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/1287/ – Relatos reais de ex. Anorécticas
(2)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bulimia_nervosa – Bulimia

04/10/07

Anorexia nervosa / Mental


Anorexia nervosa (1)
É um transtorno alimentar caracterizado por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando em baixo peso corporal) e stress físico. A anorexia nervosa é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e a sociedade. Uma pessoa com anorexia nervosa é chamada de anoréctica. Uma pessoa anoréctica pode ser também bulímica.

Definição clínica da anorexia nervosa
* Peso corporal em 85% ou menos do nível normal
* Excesso de actividade física
* Medo intenso e irracional de ganhar peso ou de ser gordo, mesmo tendo um peso abaixo do normal. Anorécticos vêm peso onde não existe, ou seja, o anoréctico pensa que tem um peso acima do normal.
* Negação quando questionado sobre o transtorno.
* Em mulheres, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A anorexia causa sérios danos ao sistema reprodutor feminino.

Outros sintomas e perigos incluem:
* Bulimia, que pode desenvolver-se posteriormente em pessoas anorécticas.
* Danos intestinais, quando o anoréctico faz uso excessivo de laxativos.
* Danos nos rins, quando o anoréctico faz uso excessivo de diuréticos.
* Anemia (devido ao baixo nível de ferro)
* Osteoporose (devido ao baixo nível de cálcio, ou à deficiência do intestino em absolvê-lo).

A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, a maior de quaisquer transtorno psicológico, geralmente matando por ataque cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio (que ajudam a controlar o ritmo normal do coração).

Causas da anorexia nervosa
A anorexia afecta muito mais pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), e do sexo feminino (95% dos casos de anorexia nervosa ocorrem em mulheres).

Muitos especialistas acreditam que a influência da mídia é a principal (mas não a única) causa de transtornos alimentares. Isto porque a mídia comummente (mas não sempre) impõe o estereótipo em que a magreza é um factor importantíssimo, se não indispensável, para o sucesso social e económico de uma pessoa, desde de redes de televisão até filmes e revistas. Tal influência é bastante negativa em crianças e adolescentes, em qual a personalidade ainda está em formação, e casos de garotas entre 11 a 14 anos anorécticas existem com relativa frequência.

A anorexia nervosa foi pouco comentada na cobertura jornalística da morte de algumas pessoas que morreram justamente devido à complicações da doença, como Karen Carpenter e Terri Schiavo.

Pessoas que passaram por eventos traumáticos anteriormente, como rejeição familiar ou abuso físico e/ou sexual também possuem um maior risco de serem anorécticas.

Pessoas em certas profissões, como atletas, bailarinos, dançarinos, ginastas ou modelos, podem motivar uma pessoa a decidir por diminuir seu peso, possivelmente resultando em um transtorno alimentar. O perfeccionismo também é um factor de risco.

Tratamento da anorexia nervosa
A anorexia nervosa, por ser uma doença com raízes psicológicas, é difícil de ser tratada. Uma vez diagnosticada, o anoréctico passa por terapia individual, terapia em grupo e terapia familiar, em casos leves e moderados. Como a negação do problema é frequente, médicos, terapeutas e familiares precisam ser pacientes enquanto motivam o anoréctico em sua recuperação. Casos de reincidências (recaídas) são comuns em pessoas anorécticas. Em casos mais graves, tratamento hospitalar é indicado.
Devemo-nos aceitar como nós somos… mais que aparência física que na sociedade actual é bastante valorizada devemos de investir , cultivar o nosso interior…vivemos numa sociedade cada vez mais materialista…em que o consumismo e os prazes fáceis da vida dão lugar as bons costumes
.


Anorexia mental: um caso de auto - rejeição?
(2)
As perguntas que constantemente os pais e amigos das vítimas de anorexia (em geral, adolescentes do sexo feminino) são: «Porque está ela a matar-se à fome? Como pode achar-se gorda demais quando tem os ossos a furar-lhe a pele?» Em alguns casos, a vítima teve uma história de obsidade; por meio de uma dieta - em geral, uma dieta em moda -, perdeu peso. Mas, em vez de regressar à alimentação normal depois de atingir o peso desejado, continua a fazer dieta até à desnutrição. Uma teoria considerada que a vítima está a exprimir o desejo de contolar a sua vida, outra que tem uma auto - imagem negativa, outra ainda que não quer crescer (a vítima de anorexia tem compleição infantil e perde a mestruação). Seja qual for a causa, as únicas curas conhecidas resultam de cuidados médicos de suporte e psicoterapia intensiva.


Casos extremos desta doença (Não aconselhável a pessoas sensíveis)
http://duard.com.br/blog/?page_id=396


No próximo post falarei de Bulimia, assim como na anorexia, a Bulimia Nervosa é uma síndrome multideterminada por um conjunto de factores biológicos, psicológicos, familiares e culturais...


Recursos internet :
(1) http://www.copacabanarunners.net/anorexia.html - Anorexia nervosa

Obras Consultadas:
(2) ABC Do Corpo Humano - Selecções do Reader's Digest - Anorexia mental