18/06/07

A loucura: das correntes aos tranquilizantes...


"O reformador espanhol Juan Luis Vives mostrou-se avançado em relação à sua época no que se refere à atitude perante as doenças mentais. «Deviamos sentir compaixão por tão grande calamidade na saúde mental dos homens», escreveu em 1525. Durante séculos, antes e depois dessa data, a opinião geral era completamente diferente. Entre os Índios norte-americanos e em algumas regiões do Oriente, a loucura era às vezes considerada uma visita das divindades que devia ser tolerada. Mas as doenças mentais eram, com muita mais freqência, tomadas como resultado de possessão demoníaca ou punição pela depravação moral, e as vítimas eram presas, acorrentadas, torturadas ou queimadas vivas. Até ao século XIX, os doentes mentais eram muitas vezes exibidos nas feiras. Só na década de 1950 os cientistas conseguem encontrar medicamentos capazes de aliviar as perturbações mentais.

A título de curiosidade:

Quando o médico Philippe Pinel, no século XVIII, retirou as correntes aos doentes mentais dos asilos parisienses, o seu superior pergunto-lhe: «Não estará você igulamente doido para se atrever a soltar estes animais?» Mas Pinel estava convicto de que o carinho poderia «ter os mais benéficos efeitos sobre os loucos»."
Obra consultada:
( ABC Do Corpo Humano - Selecções do Reader's Digest)






1 comentário:

Cat@ disse...

"loucos são os loucos que nos chamam loucos por nao saberem que loucura é achar que os outros sao loucos"...... os doentes mentais sao,acima de tudo,seres humanos fenomenais e felizmente a humanidade começa a perceber isso..obrigado carla por este post..jinhos grandes