10/09/07

Depressão - "Praga dos nossos dias"


“A depressão é um distúrbio afectivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

Causas:
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os factores psicológicos e sociais muitas vezes são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o stress pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente umas em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida.

Sintomas:
Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em actividades anteriormente consideradas agradáveis;
desinteresse, falta de motivação e apatia;
falta de vontade e indecisão;
sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a óptica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;• diminuição do desempenho sexual (pode até manter actividade sexual, mas sem a conotação do prazer habitual) e da libido;
perda ou aumento do apetite e do peso;
Insónia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário. habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Tratamento:
O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 anti depressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo stress.” (1)

O que se passa em Portugal, é um abuso dos ansiolíticos ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiol%C3%ADtico ) e Antidepressivos ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo ).

Vamos ao médico de família depois de um falecimento de um ente querido/ ou por qualquer outro problema, diz-nos logo que estamos depressivos.
O que se passa muitas vezes e que até se compreende, é que muitas vezes o médico de família não tem os conhecimentos suficientes nesta área. Agora o que não dá para entender é o facto de não encaminharem logo as pessoas para um médico da especialidade.
De uma maneira geral toda a gente sabe, do estado deplorável do no nosso sistema de saúde.
Uma consulta num psicólogo ou psiquiatra chega a custar 50 euros por sessão, dai muitas pessoas recorrerem aos médicos de família.
Talvez um dia, quando tivermos acesso a médicos especializados a preços acessíveis existe uma evolução no tratamento dos milhares de casos existentes em Portugal.

A título de curiosidade
Exercício contra depressão: “ Cientistas do Instituto Cooper e de outros centros médicos dizem que exercícios aeróbicos podem ser tão eficazes quanto antidepressivos se você se exercitar bastante.
A pesquisa foi feita em um grupo de 80 pessoas, com duração de 12 semanas, entre pacientes com depressão de leve a moderada e chegou à conclusão que suar na bicicleta reduzia os sintomas em 47%, números semelhantes aos antidepressivos.
O tempo foi importante. Apenas os que exercitaram três horas por semana é que obtiveram resultado satisfatórios; diferentes daqueles que exercitaram apenas 80 minutos.” (2)


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